sábado, 11 de agosto de 2012

Pelo ponto extra!

O atual campeonato brasileiro foi feito sob medida para que times paulistas e cariocas o conquistem. Ao contrário do que dizem, o sistema de pontos corridos está longe, mas muito longe, de ser o mais justo.
Desde que começou, uma única vez um time de fora do eixo rio-são paulo, conseguiu conquistar o campeonato.

sábado, 4 de agosto de 2012

Pela volta do ponto-extra

Cada vez mais, cria-se uma idéia de que o campeonato de pontos corridos, como o modelo do Campeonato Brasileileiro, é o mais justo. Trata-se, obviamente, de uma falácia!
Este estilo de campeonato foi copiado de modelos europeus, que nada dizem sobre a nossa realidade. A Itália, tetra-campeã mundial, pode utilizar este modelo. Mas, a Itália possui apenas o tamanho do Rio Grande do Sul, e sua população equivale a quase um quarto da população do Brasil. Vinte equipes na primeira divisão, para a Itália, está bem razoável.
Para o Brasil, um campeonato de pontos corridos com apenas 20 clubes, é algo ridículo!
Figuram, ou figuraram, na primeira divisão, clubes sem qualquer expressão, clubes sem cidade ou torcida,  como Barueri, Boa Esporte, Associação da Porra e outros. Enquanto isto, clubes tradicionais, com presença de público, não conseguem lugar no brasileirão. Os clubes do Pará, por exemplo, Remo e Paissandu, que enchem o estádio, não disputam o campeonato.
Um país continental não pode ter um campeonato igual ao da Bélgica!
Nas próximas postagens vou mostarar como o formulismo é a saída!




 Pela

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Dar o sangue



O volante Leonardo Ponzio do River Plate deu um novo sentido à expressão "dar o sangue pelo time". Durante a partida contra o Boca Unidos, pela B Nacional argentina, Ponzio aparecia repetidamente com uma mancha vermelha na parte anterior do calção. O juíz teve que mandá-lo trocar três vezes de fardamento. Ao ver seu atleta em dificuldade, o técnico Almeyda perguntou se ele queria sair, mas o bravo Ponzio se recusou.
A explicação veio após a partida: ele sofre de hemorróidas!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Pangaré

Li o artigo do camarada Rotta, do Grêmio do Prata, no sítio do movimento. Lembrei-me então, que nos anos 90, enquanto aluno da UFRGS, fiz a prática desportiva em Remo, exatamente na sede do Grêmio.
Aprendi as técnicas de remada em simuladores de esquifes em terra firme, com dois tanques de água em cada lado. Éramos todos alunos de filosofia, história, letras... ninguém parecido com algo próximo a um atleta. Na matrícula, tínhamos que assinar uma declaração confirmando que sabíamos nadar, porque os esquifes estreitos viravam com muita facilidade. Havia ainda o perigo das ilhas do Guaíba. Alguns alunos do semestre anterior tinham sido apedrejados ao se aproximar inadvertidamente.
O professor, um alemão troglodita, mas gente boníssima, explicou logo na primeira aula que aquela seria a única oportunidade de praticarmos remo. Nunca seríamos aceitos em um clube, eles exigiam 10 km de corrida por dia para cada remador. Ele arremetou: " Vai ser a única chance para uns pangarés que nem vocês."

terça-feira, 15 de maio de 2012

Pelé: 1284 gols? Nem com a ajuda de todos os santos.

 A quase centenária revista argentina "El Gráfico", fez uma análise muito interessante da real quantidade de gols marcados por Pelé. Chegou à conclusão que foram 757, quilômetros longe dos 1284 que a imprensa do centro do país contabiliza. Os jornalistas platinos simplesmente descontaram os tentos que Pelé marcou pelo Exército, em jogos-treino, aniversários, etc. Para eles, o verdadeiro maior goleador da história seria Romário. Vale a pena ler a explicação abaixo (mais em www.elgrafico.com.ar):


Lo primero que salta a la vista es que los más de mil goles de Pelé se reducen bastante. Y en este caso no se trata de goles perdidos: los del brasileño están todos localizados y registrados. Entonces, ¿por qué él dice que tiene 1284? No es verdad que cuente hasta los goles en la playa, pero más o menos. Tras una revisión exhaustiva, le computamos 757 (643 en Santos, 37 en Cosmos y 77 en la selección de Brasil). Entre los que él considera, le tachamos 446 (¡cuatrocientos cuarenta y seis!) en amistosos o entrenamientos con Santos, 26 en amistosos con el Cosmos, 9 en un seleccionado provincial de São Paulo, 6 en un equipo combinado entre Santos y Vasco da Gama, 18 en exhibiciones de la selección de Brasil, 3 para el Sindicato de Atletas de São Paulo, 5 en partidos a beneficio y (acá viene lo peor) ¡14 goles en el equipo del ejército de Brasil! Sí, en 1959 se jugó un torneo entre ejércitos sudamericanos, Pelé participó como estrella invitada para el ejército brasileño y cuenta esos goles.

Sumando sus 757 goles oficiales y los 527 que no le contabilizamos, surgen los 1284 goles que le atribuyen a Pelé y que la FIFA le aceptó simbólicamente. Igual, en “goles atribuidos” tampoco está primero, porque al también brasileño Arthur Friedenreich, FIFA le reconoce 1329. Y de Joseph Bican existe un libro en el que él mismo da detalles de los 5000 goles que habría hecho en su carrera. Así que, sumemos los que sumemos, el gran Pelé no terminaría primero de ningún modo.




Na foto, a primeira capa de El Grafico, em 1919.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Firulas

Há jogadores que possuem inteligência. Há jogadores que possuem técnica. Há jogadores que possuem força. Há aqueles que possuem todas estas virtudes. Ainda há os que, além de técnica, inteligência e força, têm senso de humor e impetuosidade, como Renato Eterno.
Eu sempre desconfio dos jogadores em que a técnica é sua principal arma, sem aliá-la a pelo menos uma das outras virtudes. Eles driblam demais, tornam o simples difícil. Fazem firulas até perder a bola.
Assistindo aos noticiários de hoje, refleti sobre tais aspectos.
Por que gastar o dobro do dinheiro para ter um documento falso, se é possível fazê-lo de forma correta pela metade do valor?
Por que dirigir de forma irregular se tem recursos para pagar um motorista?
Por que dar mais um drible se um passe pode deixar o companheiro pifado para fazer o gol?
Por que fazer o mais difícil?
Está na hora dos dirigentes avaliarem mais do que a técnica.

terça-feira, 13 de março de 2012

Django, um gremista



Sou fanático por faroestes italianos. Nos filmes italianos não há massacre de índios nem forte apache. O mocinho não é totalmente bom e o vilão não é totalmente ruim. John Wayne se recusava a atuar nos faroestes spaghetti, porque não queria que um personagem seu atirasse nas costas de alguém.

Clint Eastwood não tinha estas frescuras e se consagrou como ator na triologia de Sergio Leone. “Por um punhado de dólares”, Por uns dólares a mais”, “O bom, o mau e o feio”.

Um dos meus filmes prediletos deste gênero é Django. Na segunda cena da fita, Django chega num saloon, sem cavalo, arrastando um caixão.  Lá dentro ele guarda uma metralhadora, mas o espectador ainda não sabe disto.

O barmen pergunta: “Você fabrica caixões? Vai ter muito trabalho por aqui.”

Entre muitos equívocos, o Grêmio acertou em trazer Kléber. Um atacante tem que ser
ameaçador, ter sede de vingança, tem que entrar no saloon com um caixão e não dar explicações a ninguém. O bom atacante atira pelas costas... e tem uma metralhadora escondida.


segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Vai Melhorar

Isto aconteceu há alguns anos atrás, não sei precisar exatamente quando. Era a Copa FGF e jogavam São Luiz de Ijuí e Santo Ângelo. A TVE transmitia a partida para todo o estado, Porto Alegre, inclusive.
Como um bom missioneiro, não poderia deixar de assistir a um clássico regional daquela magnitude. Mas o confronto transcorria sem maiores emoções, truncado e modorrento.
Lá pelo meio do segundo tempo, um jogador do Santo Ângelo foi expulso e o comentarista se saiu com esta:
- Agora o jogo vai melhorar, porque antes tinham 22 jogadores ruins e agora são só 21.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Vanderlei da Silva

Na última rodada do Brasileiro, havia não apenas a tensão do Gre-nal, mas também o temor de que o Flamengo não lograsse se classificar para a Libertadores. Isto abriria a possibilidade de que o técnico Luxemburgo assumisse o Grêmio, segundo ventilava a imprensa, o que seria lamentável. Então, eu recordei algumas coisas envolvendo este treinador.
O nome verdadeiro de Wanderley Luxemburgo é Vanderlei da Silva. Notem que é com "V" e "I" e não com "W" e "Y". Ele deve ter alterado o nome para ficar mais cosmopolita, talvez prevendo que um dia treinaria o Real Madrid. Isto não bastou, porque ainda tinha o "da Silva". Porém, para um ex-jogador que era um craque do truco nas concentrações e um lateral apenas mediano em campo, isto não era problema.
Desdobrando o mapa da Europa, o agora Wanderley passou a testar opções: Wanderley França, Wanderley Holanda, Wanderley Bélgica... e Bingo!! Wanderley Luxemburgo.
Sem dúvida um craque. No pano verde.