terça-feira, 13 de março de 2012

Django, um gremista



Sou fanático por faroestes italianos. Nos filmes italianos não há massacre de índios nem forte apache. O mocinho não é totalmente bom e o vilão não é totalmente ruim. John Wayne se recusava a atuar nos faroestes spaghetti, porque não queria que um personagem seu atirasse nas costas de alguém.

Clint Eastwood não tinha estas frescuras e se consagrou como ator na triologia de Sergio Leone. “Por um punhado de dólares”, Por uns dólares a mais”, “O bom, o mau e o feio”.

Um dos meus filmes prediletos deste gênero é Django. Na segunda cena da fita, Django chega num saloon, sem cavalo, arrastando um caixão.  Lá dentro ele guarda uma metralhadora, mas o espectador ainda não sabe disto.

O barmen pergunta: “Você fabrica caixões? Vai ter muito trabalho por aqui.”

Entre muitos equívocos, o Grêmio acertou em trazer Kléber. Um atacante tem que ser
ameaçador, ter sede de vingança, tem que entrar no saloon com um caixão e não dar explicações a ninguém. O bom atacante atira pelas costas... e tem uma metralhadora escondida.