segunda-feira, 4 de junho de 2012

Pangaré

Li o artigo do camarada Rotta, do Grêmio do Prata, no sítio do movimento. Lembrei-me então, que nos anos 90, enquanto aluno da UFRGS, fiz a prática desportiva em Remo, exatamente na sede do Grêmio.
Aprendi as técnicas de remada em simuladores de esquifes em terra firme, com dois tanques de água em cada lado. Éramos todos alunos de filosofia, história, letras... ninguém parecido com algo próximo a um atleta. Na matrícula, tínhamos que assinar uma declaração confirmando que sabíamos nadar, porque os esquifes estreitos viravam com muita facilidade. Havia ainda o perigo das ilhas do Guaíba. Alguns alunos do semestre anterior tinham sido apedrejados ao se aproximar inadvertidamente.
O professor, um alemão troglodita, mas gente boníssima, explicou logo na primeira aula que aquela seria a única oportunidade de praticarmos remo. Nunca seríamos aceitos em um clube, eles exigiam 10 km de corrida por dia para cada remador. Ele arremetou: " Vai ser a única chance para uns pangarés que nem vocês."

Nenhum comentário:

Postar um comentário